Em vésperas das Eleições Europeias, as redes sociais ganham cada vez mais destaque para as decisões de voto. Descobrimos como […]
Os anúncios políticos no Facebook são proibidos. Esta é uma das velhas máximas que esta rede social usa, por lei, nas suas "políticas de privacidade". Foi desta forma que Isabel dos Santos, filha do ex-presidente angolano, foi apanhada a comprar dois anúncios no Facebook. Não se sabe qual o valor nem o tipo da mensagem. A única coisa que se sabe é que o Facebook o considerou político e, consequentemente, não o aprovou.
Porém, é sabido, na edição de 18 de maio do Diário de Notícias, que um relatório do Facebook dá conta de 1354 pessoas/entidades que compraram cerca de seis mil anúncios e pagaram, à rede social, mais de 63 mil euros.
O mais grave é que o relatório do Facebook apresenta centenas de páginas que não têm nada a ver com política ou políticos partidários, apesar de nesta lista estar garantida "o número de anúncios relacionados com política e assuntos de relevância e o montante total gasto com esses anúncios, alcançando pessoas no país selecionado".
Os maiores financiamentos nos anúncios políticos no Facebook vieram praticamente todos de Bruxelas. Ou seja, o Parlamento Europeu gastou quase 40 mil euros, seguindo-se da Comissão, com quase oito mil euros. O Partido Socialista Europeu ocupa o 3º posto (perto de três mil euros) e o seu grupo parlamentar (3400) fecham a lista. Dez mil euros foi o valor gasto por todos os outros anunciantes juntos (1350).
Em vésperas das eleições para o Parlamento Europeu, a acontecer no dia 26 de maio em Portugal, fomos descobrir quais as formas que os partidos políticos usam para contornar a lei e apostar em anúncios políticos no Facebook:
O Parlamento Europeu e a Comissão Europeia foram aqueles que mais investiram euros em anúncios pagos nestas eleições. Este é um dos spots publicitários que mais tem aparecido no feed de jovens votantes.
"Amigos e Amigas desejo Uma Santa e feliz Páscoa, na esperança de que cada família, em especial as Bracarenses, reinvente, no seu íntimo, a Luz de Jesus Ressuscitado. Que as novas e futuras gerações possam confiar na luz da verdade, do mérito, da transparência e da solidariedade. Que o caminho da verdade e da vida inspire os decisores políticos, na garantia do hoje, sem comprometer o amanhã e que renovem os compromissos do Homem Novo.", foi este o post que Francisco Mota (dirigente da distrital de Braga que aproveitou para desejar uma boa Páscoa aos seus seguidores.
João Seabra Catela, líder ribatejano da Juventude Socialista, pagou um anúncio para elogiar... o líder da Juventude Popular. Francisco Rodrigues dos Santos é ali descrito como "um militante que já reunia condições de integrar uma lista num lugar elegível nas últimas legislativas".
O valor pago de 100€ esteve pouco tempo online, depois do Facebook ter determinado que "estava relacionado com política e assuntos de relevância nacional, o que exigia a apresentação dessa indicação. O anúncio foi removido."
Um dos exemplos é de António Leitão Amaro, deputado do PSD. Comprou um anúncio que serviu apenas para criticar o PS: "O Governo socialista a dormir, o País a ficar para trás. Mudança para mais crescimento e emprego com qualidade, só com as eleições."
O objetivo aqui é simples: convidar os militantes ou até o público geral para eventos do partido. Às tantas horas em tal restaurante, o X partido vai estar presente para falar das novidades e debate do partido. Alguns candidatos, tal como partidos políticos, foram apanhados nesta teia:
Pedro Marques (PS), Margarida Mano (PSD), José Ribeiro e Castro (CDS), Miguel Viegas (PCP), o site do BE (Esquerda.net) ou o Aliança, por exemplo.
Bruno Vitorino, deputado do PSD, partilhou um texto da sua autoria que saiu no diário online Observador. A compra de anúncios baseados neste conteúdo é já uma constante em Portugal. Por exemplo, Paulo Trigo Pereira também comprou um anúncio para divulgar a sua opinião.
O próprio Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) gostou tanto de um artigo de Gonçalo Leite Velho que resolveu pagar dois anúncios para o fazer mexer nas redes sociais.
O caso foi único. O partido liberal europeu, ALDE, financiou um anúncio no Facebook ao candidato da Iniciativa Liberal, Ricardo Arroja. O apelo ao voto causou alguma polémica, apesar de a União Europeia ter estruturas partidárias transnacionais que sentem o direito de fazer campanha em vários países.
O Facebook revela na lista indicada acima que vendeu anúncios para todos estes candidatos e partidos políticos. Porém, nem todos foram aprovados. O mercado de redes sociais são cada vez mais usadas.
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